quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

HISTÓRIA, CIÊNCIA & TECNOLOGIA: Marie Curie


A PARTICIPAÇÃO DE MARIE CURIE NA PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL
A cientista foi para o front com unidades móveis que faziam radiografias
ATUALIZADO POR: MARÍLIA MARASCIULO
Marie Curie 
(foto: domínio público)

É provável que Marie Curie seja a mulher mais conhecida da ciência. A polonesa naturalizada francesa realizou pesquisas pioneiras sobre a radioatividade, pelas quais ganhou não um, mas dois prêmios Nobel — ela é a primeira e única pessoa a ganhar o prêmio duas vezes. Mas o que talvez pouca gente saiba é que ela teve uma atuação importante na Primeira Guerra Mundial.
Há 100 anos, durante a guerra, enquanto as tropas alemãs chegavam a Paris, Curie teve o cuidado de pausar suas pesquisas. Ela guardou seu estoque de Rádio em um container, levou-o a Bordeaux, no sul da França, e o deixou em um cofre de um banco local. Com seu principal objeto de estudos a salvo, ela buscou outra tarefa. E, em vez de fugir do conflito, ela decidiu entrar nele. Não lutando, muito menos fabricando armas, mas salvando vidas.
Os raios-X, um tipo de radiação eletromagnética, foram descobertos em 1895, pouco antes do início da guerra, por Wilhelm Roentgen. Os médicos logo começaram a usar as máquinas para encontrar objetos estranhos nos corpos dos pacientes como, por exemplo, balas. O recurso era valioso para tratar os feridos durante uma guerra, ajudando a tornar as cirurgias mais precisas. Quando ela estourou, porém, as máquinas só eram encontradas em hospitais da cidade, muito longe dos campos de batalha onde soldados eram tratados.
Marie Curie em um dos veículos que inventou para realizar raio-x durante a guerra
(foto: Wikipédia/unknown - Eve Curie: madame Curie. s. 329 )

A solução foi criada por Curie. Ela inventou o primeiro “carro radiologista”, um veículo adaptado com uma máquina de raios-X e equipamentos para revelar as imagens. O carro incluía uma espécie de gerador elétrico movido pelo motor que fornecia a energia necessária para os raios-X funcionarem.
O exército francês não quis financiar a invenção de Curie, a fazendo buscar apoio na União das Mulheres da França, que deu a ela o dinheiro para produzir o primeiro carro. Como um só carro não bastava, Curie foi atrás de mulheres francesas ricas que pudessem doar veículos. Conseguiu 20.
Aí faltava treinar operadores para os equipamentos, e a cientista mais uma vez buscou mulheres para o serviço, oferecendo cursos de treinamento para mulheres voluntárias, ensinados por ela e sua filha Irène, que anos depois também ganhou um prêmio Nobel por ter descoberto a radioatividade artificial.
Cerca de 150 mulheres foram treinadas por Curie e partiram para o front nos “pequenos Curie”, como os carros eram apelidados. A própria cientista participou — para isso, não só teve que aprender a dirigir, como também princípios básicos de mecânica, entre eles trocar pneus e limpar carburadores. No fim, estima-se que o esforço de Curie e seu pequeno exército de mulheres tenha sido o responsável pelas radiografias de mais de um milhão de soldados durante a Primeira Guerra Mundial.
Embora poucas mulheres que trabalhavam nos pequenos Curie tenham sido vítimas diretas dos combates, muitas sofreram queimaduras por causa da superexposição aos raios-X. A própria Curie sabia que tamanha exposição traria riscos para a saúde, entre eles câncer. Ela contraiu anemia aplástica, uma doença no sangue. Muitos acreditam que teria sido decorrente dos anos de exposição ao Rádio, mas a própria Curie atribuía a doença à exposição aos raios-X durante a guerra. Embora nunca se saberá com certeza se eles foram, de fato, uma análise de seus restos mortais em 1995 mostrou que seu corpo não apresentava vestígios de Rádio.

FONTE

Texto extraído do site:
<https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2018/11/participacao-de-marie-curie-na-primeira-guerra-mundial.html>. Acesso em: 31.jan.2019.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

AÇÕES PEDAGÓGICAS: Planejamento


PLANEJAMENTO

O Centro de Ensino Manoel Beckman iniciou o ano letivo de 2019 reunindo na manhã do dia 14, segunda-feira, seu corpo docente, para estudo e planejamento das ações a serem desenvolvidas pelos alunos, com a supervisão de professores, técnicos e gestores da escola.
O tema em discussão foi a proposta da BNCC – Base Nacional Comum Curricular, que orienta os currículos escolares relativos à educação básica no Brasil.
A proposta envolve mobilização de conhecimentos, habilidades, atitudes e valores para resolver as demandas complexas da vida cotidiana do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho.
Propõe, ainda, o documento que “o sistema de ensino e as escolas devem construir seus currículos e suas propostas pedagógicas, considerando as características de sua região, as culturas locais, as necessidades de formação e as demandas e aspirações dos estudantes”
Para tanto, foram formados grupos de estudo, que se organizaram levando em consideração os interesses dos alunos, com temas que favoreçam seu protagonismo, tais como: Laboratórios, Oficias, Clubes, Observatórios, Incubadoras, Núcleos de Estudos e Núcleos de criação artística.