O
bumba-meu-boi na escola
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Profa. Deca e alunos |
A
professora de Arte do Centro de Ensino Manoel Beckman, Ana Débora Pereira de
Barros, apresentou na manhã de 29/11, quarta-feira, com a participação dos
alunos da turma 202, matutino, uma mostra da mais expressiva manifestação cultural
do Maranhão, o bumba-meu-boi, como parte do curso de Mestrado, que está
concluindo na Universidade Federal do Maranhão.
O
tema abordado foi o sotaque da Baixada ou de Pindaré, muito festejado pelo
ritmo de suas toadas - mais lento do que os demais -, utilizando instrumentos
de percussão como caixa, pandeiros, pandeirões, tambores-onça, matracas e
maracás, para sua orquestração. É assim chamado por ser característico da
Baixada Maranhense.
O
trabalho foi fruto de estudos e pesquisas da história do bumba-meu-boi do
Maranhão, os diferentes sotaques e suas origens.
Para
a composição do tema, a profa. Deca (como é carinhosamente conhecida por seus amigos)
ministrou aos alunos oficinas dos instrumentos musicais e do figurino dos
personagens, composto por rajados, cazumbás, índias, amo e vaqueiros. Alguns instrumentos
e fantasias foram confeccionados com materiais recicláveis, sob sua orientação
e coordenação.
Merece
destaque a apresentação do auto do bumba-meu-boi, cujo enredo resgata a
história das relações sociais e econômicas no período colonial, marcada pela
monocultura, a criação extensiva do gado e o regime escravocrata.
O
cenário é uma fazenda de gado, com dois protagonistas, o Pai Francisco e a Mãe
Catirina, que grávida e desejosa do comer a língua do melhor novilho da
fazenda, obriga o marido, Pai Francisco, a sacrifica-lo, para satisfazer seus
desejos. Diante
da pressão do fazendeiro-proprietário e graças ao curandeiro da região, o boi é
ressuscitado urrando, dando início a uma grande festa em comemoração ao milagre,
originando, assim, a mais conhecida e festejada expressão cultural do Maranhão – O
BUMBA-MEU-BOI.
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Mãe Catirina, grávida, manifestando desejo de comer a língua do boi |
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Pai Francisco, atendendo os desejos da mulher, rouba e mata o melhor novilho da fazenda |
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Mãe Catirina pressionada pelos patrões |
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Índios e curandeiros ressuscitando o boi |
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Boi ressuscitado dá início a uma grande festa e a consolidação do melhor do imaginário popular maranhense |
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Profa Deca com alunos improvisando toadas |
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Profa. Deca com pandeirão dando ritmo as toadas dos alunos
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Profa. Deca narrando o espetáculo |
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Miolo do boi |
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Profa. Débora e elenco |
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