sábado, 6 de outubro de 2018

OPINIÃO: Montserrat Caballé


O MUNDO LÍRICO ESTÁ DE LUTO
Ribamar Mendonça


Foto Divulgação

Faleceu no último dia 6, sábado, em Barcelona, aos 85 anos, a soprano espanhola Montserrat Caballé, considerada pela crítica internacional como um dos grandes nomes da ópera do século XX.
Caballé ficou conhecida no mundo “pop” por sua parceria com o cantor Freddie Mercury, líder da banda inglesa Queen, com o dueto “How Can I Go On“ do álbum   “Barcelona”, em 1987, que anos depois, tornou-se o hino da Olimpíada de 1992, disputada na cidade catalã.
Interpretou peças icônicas de compositores como Bellini, Boito, Borodin, Chrubini, Cilea, Donizetti, Gluck, Dvorák, Giordano, Wagner, Strauss, Puccini, Rossini, Verdi, dentre tantos outros virtuosos da ópera.
Caballé iniciou sua carreira artística modestamente na Suíça, interpretando Strauss e Mozart, na ópera Basiléia entre os anos de 1957 a 1959.
 Sua consagração no mundo da ópera se deu nos Estados Unidos na noite de 20 de abril de 1965, no Carnegie Hall, Nova Iorque, substituindo a soprano Marilyn Horne na ópera Lucrezia Borgia, do compositor italiano Gaetano Donizetti (1797-1848).
Sua apresentação, magistral, lhe rendeu naquela noite, 25 minutos de calorosos aplausos e o reconhecimento internacional.
No dia seguinte a mídia do mundo inteiro não lhe poupou elogios, comparando-a com Maria Callas e Renata Tebaldi - dois grandes mitos da música lírica do século XX.
A partir daquela noite, Montserrat Cabellé, já consagrada uma das grandes divas da ópera foi acumulando compromissos, com agendas cheias, que lhe renderam fama e sucessos, com teatros lotados por vários anos.
Em 4 de dezembro de 1993, Montserrat Caballé apresentou-se em São Luís, Maranhão, por ocasião da reabertura do Teatro Arthur Azevedo, na época administrado pelo diretor e produtor cultural Fernando Bicudo .     
Carnegie Hall é uma das  mais famosas salas de espetáculos dos Estados Unidos, para concertos de música erudita, clássica e popular, reconhecido pela sua beleza arquitetônica, história e acústica,
O mundo lírico está de luto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário